domingo, 29 de novembro de 2009

A Partida

Uma grata surpresa para nosso final de semana.
Díficil escolher um bom filme, com a locadora inundada de blockbusters ruins e comerciais.
Felizmente, eu e a Dri encontramos esse título ( "Okuribito" Japão, 2008 ), para aproveitar dois dias amplamente preguiçosos.
Ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009, sinceramente não esperava que a película demonstrasse tamanha delicadeza para abordar um tema tão espinhoso para todos nós humanos : como agir diante da morte.
"A Partida" arranha temas culturais próprios do Japão, recheados de cenas simbólicas e longas reflexões.
Mas esses mesmos temas, como a rejeição pessoal vivenciada em função do status da atividade que o protagonista passa a exercer após sua frustração profissional como músico, sua redenção, as relações familiares complexas e a tradição cultural que massacra as relações diárias, também são muito experimentados por nós ocidentais.
Para quem gosta de ação, não é um bom filme. A trama se desenrola lenta e exatamente por isso centra seu mérito na delicadeza crescente das relações entre os personagens, cada qual com seu drama pessoal particular.
O final é sensacional e causa uma boa reflexão sobre o que fazemos com o tempo que temos, tempo que é um conceito inexplicável, fundado no milagre que é nossa vida.
Para quem gosta de detalhes e sutilezas.

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