terça-feira, 22 de junho de 2010

Campinas e mais


Quase esqueço que ir até Campinas também é uma viagem.
Embora eu tenha nascido aqui, durante muito tempo eu estive ausente da minha própria terra.
É verdade que eu nunca deixei de torcer e nunca deixarei de torcer pela minha Ponte Preta, qualquer que seja a divisão em que ela se encontre.
Já fui perguntado porque gosto desse time e sinceramente, respondi que eu não sei.
Certo é que quando eu era criança, adorava quando meu pai ia até o estádio comigo, para assistir os jogos da gloriosa. Deve ser isso. E é um símbolo da cidade. Um dos grandes símbolos, aliás.
E também é verdade que eu nunca deixei de admirar as paisagens de Campinas, as novidades daqui e as mudanças na cena urbana.
Com coisas novas e com espaços que estão cada vez mais clássicos e tradicionais, com o avanço do tempo.
A cidade se transforma cada vez mais em algo grande.
A minha ideia, quando surgiu a vontade de escrever algo no dia de hoje, era falar sobre o lugar que visitei e de onde eu voltei para Campinas.
Mudei minha decisão depois de um vagaroso passeio de carro pela Unicamp, pela Dom Pedro, pelo Amarais e por outras avenidas daqui.
Ver os rostos felizes dos meus colegas com o encerramento do semestre lá na academia, as pessoas correndo na lagoa e os bares cheios, turbinados pelo tempo maravilhoso que abriu o inverno, nem tanto frio para uma boa cerveja encorpada e também nada quente, o que esconderia o sabor de uma boa porção para acompanhar esse deleite.
Tudo isso visto ali, da janela do meu carro.
Quase esqueço que é de Campinas que eu saio para todas as outras localidades.
Colocar essa memória no automático é um paralelo interessante : gosto tanto da cidade e deixo ela ali, aceitando que ela sempre me aceitará.
Pode não ser assim um dia. Cultivar esse amor é tão importante quanto cultivar o amor de quem me ama. Não se deve negligenciar, abandonar, relutar em reverenciar essa admiração dos outros por nós e a nossa por todas as coisas, e mais importante, por pessoas.
Lembrei disso hoje e pensei : porque não escrever ?
Sim, é tão fácil.
É só dizer aos que eu amo, a minha cidade, e as que também me amam : eu sempre penso em vocês, tá ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário