domingo, 30 de maio de 2010

Dexter

Há pouco, acabou o episódio de "Dexter".
É a terceira temporada dessa série, que eu adoro. O roteiro é ótimo e o herói, completamente incorreto. Não sei se ele pode ser classificado de herói, pois é um serial killer, do "bem". Se é que essa classificação existe, é claro.
Enquanto essa absurda insônia não deixa o sono fluir, aproveitei para refletir sobre o que essa série ( Dexter ) representa em recordações recentes.
Eu costumava assistir todos os episódios de uma temporada inteira durante o final de semana, em casa.
Sempre gostei de aproveitar o colchão no chão da sala, no equilíbrio perfeito da brisa fria que avançava do jardim. Gosto muito do frio e esse ambiente era deliciosamente frio.
Eventualmente, muitas pessoas adentravam a casa no domingo, para confraternizar nos almoços, churrascos ou para amenizar o calor na piscina.
Quando isso acontecia, eu não podia deixar o colchão na sala.
Tudo bem, porque a minha distração então era outra : cortar e temperar carne, escolher os cortes e pensar se todos gostariam ou não da recepção.
Como extravagância minha, sempre gostei de cervejas diferentes das apreciadas por outras pessoas. Para variar, diferente em tantas coisas.
Eu queria estar integrado com aquilo tudo, embora conseguisse de forma precária.
Ouço hoje, de várias pessoas, qualificações sobre esses sentimentos negativos como frieza, distância, isolamento e palavras mais pragmáticas, como prático, por exemplo.
Digo que não é assim.
Eu estaria muito próximo do meu personagem favorito da ficção, se eu fosse assim e não sou nada próximo do que ele é.
Quero estar só e e só isso.

Um comentário: