segunda-feira, 14 de junho de 2010

Todas as noites, um lugar especial


Um dos meus brinquedos preferidos na infância era um mapa do Brasil.
Tentava imaginar como eram as cidades que eu via naquele mapa colorido.
O que será que elas tinham ? Como seria Roraima, que nem estado era na época ?
E Rondônia ? E os outros lugares distantes, como o Amazonas, Pará, Mato Grosso ?
Esse meu mapa colorido é mais uma certeza de que eu tenho mesmo mais do eu jamais sonhei. Tenho mais do que um dia, eu sonhei que conseguiria alcançar.
Nas minhas contas, já conheci 1.099 cidades do Brasil em 14 anos de trabalho.
Andei catalogando cada uma delas ( risos ).
São todas as capitais do Brasil e lugares como Ji-Paraná, Boa Vista, Monsenhor Gil, Elesbão Veloso, Sombrio, Ouro Preto D´Oeste, Trindade, Primavera do Leste, Balsas, Carolina, Cruzeiro do Sul, Oiapoque, Santana de Macapá, Laranjal do Jari e outros, muitos outros.
Em todas essas cidades, eu sempre achei algo diferente : uma grande surpresa para os olhos, para o olfato, para o paladar e até, espetaculares surpresas nas pessoas que eu conheci. Eu encontrei empreendedores com a mais contagiante garra, encontrei pessoas que me receberam como filho em sua própria casa, encontrei pessoas que souberam me incluir nos jogos de futebol disputados toda a semana, como fosse eu um amigo distante, porém amigo há muito. Encontrei muito, muito mais.
Penso nessa riqueza e vejo que em todas as noites, havia sempre um lugar especial.
E mesmo quando estive sozinho nessas jornadas, eu achei algo fantástico, nas estrelas de um céu que não é o céu paulista. É outro céu, complexo de explicar.
É um céu mágico, intenso e tão habitado de estrelas que nos faz sentir ainda mais pequenos do que somos.
Vou relembrar cada um desses lugares, aqui.
Eu começo por um deles onde fui tão bem recebido, mas tão bem recebido, que JAMAIS esquecerei das pessoas que lá conheci.
É Rio Branco, ACRE. E sua passarela Joaquim Macedo, por onde andei algumas vezes e quem sabe, por onde ainda andarei nessa vida.
Quem é que garante o que é que será, afinal ?

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